CIÊNCIA: Confira alguns truques do nosso cérebro para ser mais eficiente nos estudos

Quem nunca se sentiu exausto depois de horas estudando, mas com a sensação de que nada foi plenamente aprendido? Pois é, essa é uma realidade para muita gente. A boa notícia é que a Ciência já desvendou alguns truques do nosso cérebro para aprender de um jeito muito mais eficiente. A chave não é o quanto você estuda, mas como você estuda.

Esqueça a leitura passiva: o segredo é se testar!

Sabe aquela mania de reler o texto várias vezes ou de ficar sublinhando tudo? A verdade é que essas técnicas criam uma ilusão de que você sabe. É como reconhecer uma pessoa na rua, mas não lembrar o nome dela. Você "acha" que sabe, mas não sabe de verdade.

Os cientistas, a exemplo daqueles que escreveram o livro "Make It Stick" (vale a pena dar uma olhada se você curte o tema), mostram que o pulo do gato é a recuperação ativa. Em vez de só ler, force seu cérebro a lembrar do que você estudou. Por exemplo::

  • faça um "autoteste": depois de ler um parágrafo, feche o livro e tente explicar para si o que acabou de aprender. Se “engasgar”, é sinal de que precisa revisar;
  • use flashcards (cartões de memória): anote uma pergunta de um lado e a resposta do outro. Fique se testando. Isso é ouro para memorizar conceitos e definições;
  • resolva exercícios: pegue simulados, questões antigas ou crie suas próprias perguntas. Colocar o cérebro para trabalhar na hora de resgatar a informação faz toda a diferença.

Pode parecer complexo no começo, mas esse trabalho reforçado na mente é o que faz o conhecimento realmente se fixar e durar muito mais tempo.

Dê um respiro ao seu cérebro: o jeito certo de distribuir o estudo

A Ciência diz que ficar por horas a fio dedicando-se a um mesmo assunto não é, nem de longe, a melhor tática. O ideal é o estudo espaçado. Em vez de fazer um "super intensivão" de um tema só em um dia, divida o tempo. Por exemplo, se você tem três horas para estudar uma matéria, é muito melhor estudar uma hora por dia, em três dias diferentes, do que as três horas seguidas em um único dia.

E tem mais: a intercalação é sua nova melhor amiga! Isso significa misturar os assuntos. Em vez de passar duas horas só em matemática, experimente estudar 40 minutos de matemática, depois 40 minutos de história, e aí talvez voltar para mais um pouco de matemática.

Essas duas técnicas – espaçar o estudo e misturar as matérias – ajudam seu cérebro a fazer conexões mais fortes e a lembrar do conteúdo por mais tempo, além de te preparar melhor para aplicar o que aprendeu em diferentes situações.

Entenda o porquê: conecte os pontos para aprender de verdade

Não basta só memorizar, é necessário entender a fundo! A ideia é a elaboração, que nada mais é do que conectar as novas informações com o que você já sabe e, principalmente, entender o "porquê" das coisas.

Pra colocar isso em prática:

  • seja curioso: ao aprender algo novo, pergunte-se: "por que isso funciona assim?", "qual a causa?", "que efeito isso tem?";
  • crie suas próprias analogias: tente comparar o que está aprendendo com algo do seu dia a dia, um filme, um jogo. Isso ajuda a dar sentido;
  • faça mapas mentais: desenhe, use cores, ligue as ideias. Visualizar as conexões é uma ação poderosa;
  • explique para alguém (ou para o espelho!): tentar ensinar o conteúdo para outra pessoa (ou até para você mesmo em voz alta) vai lhe forçar a organizar e aprofundar o entendimento.

Essas táticas transformam o estudo em uma verdadeira jornada de investigação, tornando o aprendizado muito mais interessante e duradouro.

Então, que tal começar a aplicar essas dicas hoje mesmo? Com elas, você não só vai estudar de um jeito mais inteligente, mas também vai sentir que o aprendizado realmente está acontecendo!.